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BOMTEMPO l PIANO CONCERTO No 5 in C MAJOR l OP.24

BOMTEMPO l CONCERTO P/ PIANO & ORQUESTRA NRº 5 (DÓ MAIOR) l OP.24 (I). Allegro - Allegro Moderato (00:00:00 -09:54) (II). Scherzo (09:56) (III). Capriccio - Larghetto (12:51) (IV). Cadenza (16:40) (V). Finale: Allegro (19:17) Matias Trapp, piano César Viana, conductor Orquestra Sinfonia B ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- Imagem: Livestock crossing l João Cristino da Silva (1858-1948) l MNAC ----------------------------------------------------------------------------------------------------------------------- (Edição inserida na Exposição Universal de 1998, realizada em Portugal l EXPO´98) Gravação: Goethe Institut , Julho de 1998 Edição diária do "Diário de Noticias". (Classical music concerts during Expo'98 in Lisbon, Portugal.) O Concerto para piano e Orquestra nrº 5 em Dó Maior de Bomtempo foi numerado pelo próprio como sendo o seu Op.24; daí resulta a inclusão no seu catálogo imediatamente a seguir àquela que é pacificamente considerado o seu Opus magum, o Requiem à memória de Camões, Op.23. Esta obra chegou a ser anunciada no jornal «Investigador Portuguez» e incluído no catálogo de obras do compositor publicadas ou a publicar em Londres; este Concerto para piano e orquestra nº 5 em Dó Maior agrupava-se juntamente com a ópera Alessandro em Éfeso e uma Grand Fantasia para pianoforte. Tal, contudo, não veio a suceder, mantendo-se apenas a obra sob a forma de manuscrito. A divisão interna é diferente dos quatro concertos anteriores, acrescentando uma longa cadenza individualizada dos restantes andamentos e em que todos os quatro andamentos surgem, como se verifica no manuscrito, « segue subito» escrito pela mão do compositor, ou seja, encadeados. A opulência pianística é notável e o lirismo suave e contínuo mostra bem a evolução que se verifica ao longo dos vários Concertos para piano e Orquestra de Bomtempo. Se a Orquestra tem um papel mais de acompanhamento neste Concerto, o piano assume um brilhantismo e virtuosismo notáveis. O segundo andamento «Scherzo» devido ao estado do manuscrito foi orquestrado pelo compositor e maestro César Viana, num trabalho notável de recuperação desta obra-prima de Bomtempo. É curioso como este Quinto Concerto para e orquestra apresenta uma ambiência nitidamente romântica, a par da Sinfonia nr 2 em Ré Maior, obra com a qual há uma similitude no discurso orquestral.