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Mães ofensoras: Loucas? Más? 3 года назад


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Mães ofensoras: Loucas? Más?

A maternagem é um fenômeno historica e culturalmente construído. Ou seja, cada sociedade distribui as tarefas de cuidados com as crianças de forma diferente. No Ocidente, a partir do século XVIII, esses cuidados foram atribuídos, cada vez mais, às mulheres paridoras. Ou seja, configurou-se um borramento ideológico que mistura a capacidade de procriar e a capacidade de cuidar. Cuidar é uma habilidade humana, mas tem sido atribuído desde então somente às procriadoras. Primeiro, tratou-se de convencer as mães a amamentarem, depois a cuidarem, educarem e, com os desserviços prestados pelas psicologias e pela psicanálise, no começo do século passado, a mãe foi considerada como a grande "responsável" pela personalidade ou estrutura psíquica do sujeito. As mulheres estão assoberbadas com tantas responsabilidades. Por outro lado, homens têm sido e são desresponsabilizados na paternidade, inclusive pelo Estado. Mulheres (sobretudo brancas) podem terceirizar esses cuidados, seja contratando outras mulheres (em geral, mulheres negras, como babás), seja colocando os filhos em creches. Quem mais paga a conta são as mulheres pobres (e em sua maioria, negras). Muitas delas são abandonadas material e afetivamente pelos genitores e precisam cuidar dos filhos, de modo que: não têm onde deixá-los para poderem trabalhar e ,se não trabalham, acabam sofrendo uma precariedade alimentar e material que afeta diretamente a elas e seus filhos. O Estado, e seus serviços, ao invés de atenderem de forma estrutural as necessidades dessa mulher, tem agido de forma punitiva. Ou seja, ao invés de garantir a existência de CRECHES para todas as crianças, afirma-se na cobrança de que as mulheres atendam a performance do cuidar e trabalhar, o que para a maioria é quase impossível. Será que a equipe psicossocial tem, nesse sentido, atuado como uma tecnologia de gênero a favor do Estado? Se uma mulher tem 3 filhos e não há creche onde deixá-los, nem uma rede social mínima de apoio, e principalmente, se os genitores homens não são em nada responsabilizados pelo cuidado, como trabalhar? Como levar um deles ao médico? Como ir ao mercado fazes compra? É necessário que políticas públicas sejam criadas para atender os direitos das HUMANAS: creche é um deles. Manutenção da distribuição de renda, que garanta seu bem estar e de sua prole, como o Bolsa Família também. Chance de voltar a estudar e ser integrada ao mercado de trabalho. Mas também: responsabilização dos homens genitores na paternidade. Nessa live, foram discutidas os encaminhamentos de mães ofensoras a um CREAS. Grande parte desses encaminhamentos se deram por conselheiros tutelares e por duas razões: negligência ou agressão. No formulário usado para isso, ficou evidente o julgamento da mãe "má": "tatuada", "tem muitos homens", "já usou droga". Pais raramente foram encaminhados: apenas quando faziam uso de drogas na frente da criança ou abusaram sexualmente da mesma. Assim, as mulheres são punidas quando NÃO FAZEM o que se supõe que deveriam fazer como mães e, também, quando fazem o que se considerada como inadequado (agressão). Já os homens são punidos apenas quando FAZEM coisas consideradas inadequadas. Isso aponta para uma naturalização, presente no Estado brasileiro, de que a responsabilidade dos cuidados com as crianças é da mulher mãe, o que precisa ser PROBLEMATIZADO e transformado. Na live, também foram apresentadas 3 casos de mulheres atendidas nessa condição, no CREAS. Convidada especial: Aline Xavier.

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