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O Fim do Império Austro-Húngaro e a Queda dos Habsburgo

A Áustria-Hungria, foi uma monarquia constitucional e grande potência na Europa Central entre 1867 e 1918, o Estado foi formado através do Compromisso Austro-Húngaro de 1867, no rescaldo da Guerra Austro-Prussiana. Governada pela Casa de Habsburgo, sendo um Estado multinacional, foi o segundo maior país da Europa, e o terceiro mais populoso. Os dois estados conduziram em conjunto políticas externas e de defesa, mas todas as outras atribuições foram realizadas de forma independente pelos respectivos estados. Um terceiro componente da união foi o Reino da Croácia-Eslavônia, uma região autônoma sob a coroa húngara. O Compromisso Austro-Húngaro originou-se em um momento que a Áustria havia declinado em força e em poder. O Compromisso restabeleceu a plena soberania do Reino da Hungria, que tinha sido perdida após a Revolução Húngara de 1848. No final da década de 1850, um grande número de húngaros que haviam apoiado a revolução, estavam dispostos a aceitar a monarquia dos Habsburgo. Após a derrota austríaca em Königgrätz, o governo percebeu que precisava se reconciliar com a Hungria para recuperar o status de grande potência. Em 28 de julho, Francisco José, em sua nova qualidade de Rei da Hungria, aprovou e promulgou as novas leis, que oficialmente deram origem à Monarquia Dual. O Compromisso transformou os domínios dos Habsburgo em uma união real, com as duas nações compartilhando um monarca comum, que governava como imperador da Áustria, sobre a metade ocidental e norte, e como rei da Hungria sobre a porção oriental. As relações exteriores e a defesa foram administradas em conjunto, e os dois países também formaram uma união aduaneira. Todas as outras funções estatais deveriam ser tratadas separadamente. Incapaz de fazer a mediação entre o Império Otomano e a Rússia sobre o controle da Sérvia, a Áustria-Hungria declarou neutralidade quando o conflito entre as duas potências se transformou em uma guerra. Quando a Rússia derrotou a Turquia em 1877, foi assinado Tratado de San Stefano, isso foi visto na Áustria como muito favorável para a Rússia e seus objetivos ortodoxo eslavos. O Congresso de Berlim em 1878 reverteu esse cenário, dividindo o grande estado búlgaro que havia sido esculpido fora do território otomano. O Congresso de Berlim permitiu que a Áustria ocupasse mas não anexasse a província da Bósnia Herzegovina, uma área predominantemente eslava. No entanto, os Bálcãs permaneceram um local de agitação política com ambição abundante de independência e rivalidades de grandes potências. Temerosa com a instabilidade nos Bálcãs, e para combater os interesses franceses na Europa, a Áustria-Hungria forjou uma aliança defensiva com a Alemanha em 1879. Em 1882, a Itália juntou-se a esta parceria na Tríplice Aliança, em grande parte por causa de suas rivalidades imperiais com a França. Na esteira da Grande Crise Balcânica, as forças austro-húngaras ocuparam a Bósnia em agosto de 1878, anexando-os em outubro de 1908. Com uma pistola, o nacionalista do Mão Negra, Gavrilo Princip, atirou e matou Francisco Ferdinando e sua esposa Sofia. Quando se tornou evidente que as potências aliadas venceriam a Primeira Guerra Mundial, os movimentos nacionalistas, que anteriormente pediam um maior grau de autonomia para várias áreas, começaram a pressionar pela independência total. O colapso militar da frente italiana marcou o início da rebelião para as numerosas etnias que compunham o Império multiétnico . O imperador havia perdido muito de seu poder e o seu reino se desintegrava. O assassinato intensificou as hostilidades étnicas existentes na Bósnia. Em Sarajevo, as autoridades austríacas encorajaram a violência contra os residentes sérvios, o que resultou nos motins de Sarajevo. Ações violentas foram organizadas em muitas outras cidades austro-húngaras. Os líderes da Áustria-Hungria, decidiram confrontar militarmente a Sérvia antes que ela pudesse incitar uma revolta. Ao longo de 1914, esses eventos causaram o início da Primeira Guerra Mundial, quando a Rússia se mobilizou em apoio à Sérvia. A Áustria havia aprovado a Lei dos Habsburgo, que os destronou e os baniu de seu território. Enquanto Carlos foi proibido de retornar à Áustria, outros Habsburgo poderiam retornar se desistissem de todas as reivindicações ao trono extinto. O governo húngaro anulou a Sanção Pragmática, efetivamente os destronando. Posteriormente, os britânicos tomaram a custódia sobre Carlos, o exilando com sua família na ilha da Madeira, em Portugal, onde ele faleceu no ano seguinte.