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Café & Pesquisa - Desafios e Perspectivas da Industrialização: Brasil e Cuba em Foco

O encontro apresenta uma discussão aprofundada sobre o desenvolvimento econômico, industrialização e desindustrialização no Brasil, além de trazer um estudo comparativo sobre a experiência de Cuba pós-revolução. Organizado pelo Instituto de Economia, o evento conta com a participação de especialistas que exploram teorias econômicas, políticas industriais e os impactos dessas políticas no contexto brasileiro e cubano. No caso brasileiro, a discussão resgata a importância da indústria para o desenvolvimento econômico, destacando teorias Cepalina o novo desenvolvimentismo. A história da industrialização no Brasil é abordada, enfatizando o período de substituição de importações entre os anos 1930 e 1970, seguido por um processo de desindustrialização a partir dos anos 1980, exacerbado pelas políticas econômicas influenciadas pelo consenso de Washington. Evidências empíricas são apresentadas para mostrar a heterogeneidade da desindustrialização no Brasil, com análises regionais, de complexidade econômica e impacto das políticas de financiamento público. A experiência de Cuba é outro ponto central do vídeo, mostrando os desafios enfrentados pela ilha na tentativa de superar o subdesenvolvimento através da revolução. A revolução cubana promoveu a criação de propriedade privada em um modelo cooperativista, destacando-se pela rápida superação das estruturas latifundiárias. Com a crise dos anos 1990, Cuba tornou-se pioneira na adoção da agroecologia como política de estado, transformando pequenas propriedades e flexibilizando leis de uso da terra para enfrentar a crise alimentar. Os desafios econômicos enfrentados por Cuba, especialmente após a dissolução da União Soviética, também são discutidos. A abertura para o capital estrangeiro e a aposta na biotecnologia foram algumas das estratégias adotadas. No entanto, o bloqueio econômico e a crise no setor turístico, agravada pela pandemia, trouxeram novas dificuldades. A dualidade monetária e o processo de unificação monetária são analisados como fatores que complicaram ainda mais a situação econômica da ilha.