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Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa - Serpa que És Minha Terra

Esta gravação data de 1961, foi providenciada pelo folclorista Armando Leça, e pertence à Banda 1 da Face A do disco EP de 45 R.P.M. editado pela “Alvorada” no ano de 1967, etiqueta “Rádio Triunfo”, matriz “AEP 60 921”, nome “Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa – Modas Corais do Baixo Alentejo”, em que o referido grupo, outrora conhecido como “Rancho Coral de Serpa”, interpreta quatro modas corais do Baixo Alentejo, sob direcção de António Medeiro Palma. Esta é uma das modas corais baixo-alentejanas mais conhecidas da História do Cancioneiro Coral do Cante Alentejano, e que dispensa apresentações a quem é conhecedor do Cante Alentejano até à exaustão. Serpa, que és minha terra, vou-te deixar, meu amor! Vou deixar o Alentejo, província que eu mais invejo das papoilas em flor! Das papoilas em flor, lá no meio desses trigais! vou deixar os teus cantores, as ceifeiras e os pastores, não sei se voltarei mais! Esta é a interpretação do seu grupo criador, o Grupo Coral e Etnográfico da Casa do Povo de Serpa, pelo qual passaram já varias gerações de pessoas, e que tem sempre divulgado os cantares das ceifeiras e ceifeiros, herança de uma era em que, enquanto ainda debaixo de um sol escaldante, os Alentejanos entoavam as cantigas que tornavam mais leve o duro trabalho da ceifa, recompensado pelos Grémios e proprietários com 20 escudos diários para os homens, e 10 escudos diários para as mulheres. Com regulares passagens nos programas “Do Minho ao Algarve” de Armando Leça, no Rádio Clube Português, e “Folclore Musical” da Emissora Nacional, esta moda tornou-se na coroa de glória do Rancho Coral de Serpa, sendo reeditado em CD na compilação “Alentejo”, editada em 1995 pela marca “Riso e Ritmo”, a última edição CD da editora de Armando Cortez e Francisco Nicholson, e reeditada em 1998 pela “Movieplay”, num CD já desaparecido do mercado, que consegui adquirir na CDGO. Segundo todos os fanáticos do Património Cultural e Imaterial da Humanidade que é o Cante Alentejano, é este Grupo, mais “Os Ceifeiros de Serpa”, que mantém vivas as lindas «modas», locais fazendo jus à rima; Quem me dera ser de Serpa Ou em Serpa ter alguém Só para ouvir dizer És de Serpa, cantas bem. Espero que gostem.