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TEXTO "COMO SE TORNAR ESCRITOR ", DO LIVRO "ROTEIRO DE LEITURA: SÃO BERNARDO" 7 дней назад


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TEXTO "COMO SE TORNAR ESCRITOR ", DO LIVRO "ROTEIRO DE LEITURA: SÃO BERNARDO"

Como se tornar escritor? "Estar escrevendo um livro é situação tematizada nos três romances de primeira pessoa de Graciliano: Caetés, São Bernardo e Angústia. Tanto João Valerio, como Paulo Honório e Luís da Silva, protagonistas dessas histórias encontram-se envolvidos na redação de um romance no qual são a personagem principal. Enquanto narram os dramas de suas vidas, também nos deixam ver a luta pessoal diante do ato de escrever. Isso é muito sensacional. João Valerio, do livro Caetés, luta por tornar seus caetés, personagens verossímeis. Mas acaba frustrado com o romance guardado na gaveta. Luís da Silva, do livro Angústia, escreve para confessar o crime que cometera e nos deixa vê-lo durante duas horas diante de uma folha de papel onde não consegue fazer mais do que desmembrar o nome da ex-noiva, Marina, em muitos pedaços. Paulo Honório, do livro São Bernardo, coloca a questão de como um homem rude e de pouca instrução pode tornar-se escritor. Graciliano retira esse "joão-ninguém", do anonimato, e lhe atribui a tarefa de contar não apenas a história de como se tornou um proprietário rural bem sucedido, mas de narrar sua transformação em romancista. O leitor pode acompanhar o trajeto pessoal do narrador desde a irrupção do desejo de escrever até a execução desse propósito, toma conhecimento dos equívocos cometidos e da decisão final de não se deixar tolher por regras ou convenções artísticas. E mais, Graciliano permite que esse homem tosco e grosseiro escreva o livro no linguajar absolutamente coerente com a realidade em que vive. Autoriza-o a reproduzir o falar cotidiano do mundo rural, a que pertence, trazendo para o circuito da literatura nacional a fala esquecida do homem do campo de uma região brasileira distante dos centros de poder. O escritor constrói a imagem do romancista, não como um sujeito que tudo sabe, mas como aquele que, movido por um conhecimento precário, lança-se a recompor a vida pela linguagem, sustentado na força da experiência, o texto resultante de tamanha empreitada se contrapõe ao senso comum da cultura letrada das elites. Nele se encontra a reflexão implícita sobre o drama do intelectual brasileiro, sujeito às determinações de gosto e moda ditadas pelos centros urbanos, que a sobrepõe à peculiaridade dos diferentes usos regionais."

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