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Este é um trecho da entrevista de Millôr Fernandes para o programa Roda Viva. Neste corte Millôr comprova de maneira cômica que todo intelectual no Brasil é um idiota. ______ Millôr Fernandes foi um desenhista, humorista, tradutor, escritor e dramaturgo brasileiro. Era um artista com múltiplas funções. Escreveu colunas de humor para as revistas O Cruzeiro e Veja, para o tabloide O Pasquim, e para o Jornal do Brasil. Millôr Viola Fernandes nasceu no bairro do Méier, no Rio de Janeiro, no dia 16 de agosto de 1923. Era filho do engenheiro Francisco Fernandes um imigrante espanhol, e de Maria Viola Fernandes. Deveria ter se chamado Milton, mas a caligrafia do tabelião o fez Millôr. Ficou órfão de pai quando tinha 2 anos de idade. Passou a infância ao lado da mãe e dos irmãos, Hélio, Judith e Ruth, época em que enfrentaram dificuldades financeiras. Aos 12 anos, perdeu a mãe e os irmãos se separaram. Millôr foi morar na casa de um tio materno. Com habilidades para o desenho e leitor de histórias em quadrinho, copiava quadro por quadro com perfeição. Com 15 anos conseguiu seu primeiro emprego como contínuo na revista "O Cruzeiro", de Assis Chateaubriand. Para se aperfeiçoar em sua especialidade matriculou-se no Liceu de Artes e Ofícios. A primeira oportunidade de exibir seu talento foi com a convocação para preencher o espaço vago de publicidade em uma página da revista "A Cigarra". Millôr deu o nome de “Poste-Escrito” ao conjunto de frases, versos, textos inteligentes e engraçados. A página fez sucesso imediato e acabou por virar uma coluna fixa na revista. No começo dos anos 40, Millôr começou a assinar a coluna “O Pif-Paf” para a revista "O Cruzeiro", em parceria com o cartunista Péricles. Continuou assinando com a alcunha, mesmo durante o período áureo na revista, entre 1945 e início dos anos 60. Como desenhista, dividiu o primeiro lugar com o americano Saul Steinberg, em um concurso realizado na Exposição Internacional do Museu da Caricatura de Buenos Aires, em 1956. No ano seguinte, organizou uma exposição individual com seus desenhos e pinturas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro. Sua coluna "O Pif-Paf" (que depois viraria uma revista à parte, de vida breve) foi um dos carros chefe da maior publicação nacional do período. Já confiante, em 1962, assumiu seu nome da certidão. Em 1968, Millôr passou a publicar seu trabalho na revista Veja. Nesse mesmo ano, ajudou a criar “O Pasquim”, um tabloide que fustigava a ditadura militar e que, na opinião de Millôr, “se fosse independente não duraria 100 dias e se durar 100 dias não é independente”. O jornal durou 8 173 dias. Millôr insistiu em fazer propaganda política para Brizola, então candidato ao governo do Rio de Janeiro, na sua seção da Veja, foi então demitido em 1982. Porém, voltou a escrever para a revista em 2004, permanecendo até 2009. Em 1970, os responsáveis pela editoria e fechamento do Pasquim foram presos, entre eles, Ziraldo, Fortuna, Sérgio Cabral e Paulo Francis, que permaneceram dois meses na cadeia. Em 1971, Millôr assumiu a presidência do Pasquim, que estava submetido à censura prévia. A liberação do tabloide só veio em 1975. Millôr Fernandes foi ainda colunista da revista Isto É, do Jornal do Brasil, do Estado de São Paulo, O Dia, o Correio Brasiliense e a Folha de São Paulo. Millôr também escreveu várias peças teatrais, crônicas e diversos livros. Millôr foi casado com Wanda Rubino entre 1948 e 2012. Com ela teve dois filhos, Ivan e Paula. Em 2011 Millôr Fernandes foi vitimado por um AVC, que lhe deixou bastante debilitado, e que lhe levou a permanecer por um longo período no hospital. Millôr Fernandes faleceu em sua casa em Ipanema, Rio de Janeiro, no dia 27 de março de 2012. #millor #millorfernandes #millôr