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Porto Amboim: a alimentação. Filomena Barata

Realização e recolha de elementos: Filomena Barata Fotografias Filomena Barata; Paulo Coelho e Sérgio Coelho, a quem agradeço. A província do Kwanza Sul, Angola, potencialmente agrícola, é dotada de muitos outros recursos alimentares, como os piscatórios e pecuários, esta última actividade mais preponderante na zona de Porto Amboim e no Sumbe. A Província é também rica em animais selvagens como a corça, veado, pacaça, entre outros. O milho, a mandioca, os produtos hortícolas, o feijão, o amendoim, a palmeira dendém, os citrinos, a ervilha e frutas diversas são amplamente explorados, a exemplo do abacaxi, abacateiro, banana, ananás, goiabeira, mamoeiro entre outos. Depois da agricultura, o sector das pescas vem a seguir em termos de importância económica da região. Em Porto Amboim, pela riqueza da sua costa, o peixe é nacionalmente conhecido, bem como os crustáceos, com particular destaque para a lagosta, caranguejo, não esquecendo o camarão, e a gamba. Na gastronomia salienta-se os pratos típicos que são o calulu, a muamba, o funge, entre outros. Mas, claro está, não se pode ir a Porto Amboim sem deixar de comer, para além dos seus legumes e frutos, o que o Oceano todos os dias oferece à terra, lembrando a qualidade única das suas lagostas. Já para não falar das ostras, do confronto entre o rio e o mar, retiradas daquela espécie de laguna existente entre a terra e a praia que se estende por quilómetros de extensão. E em jangadas rudimentares feitas de troncos de árvore e de um equilíbrio e beleza extraordinários, os que as apanham atravessam a zona lagunar, para as vir vender. Outrora Porto Amboim era à Gabela por um caminho-de-ferro que permitia escoar a produção de café que, embora tenha sofrido um decréscimo nas últimas décadas, se deseja venha a ser novamente um dos grandes recursos da região.