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A Era do Absolutismo

A Era do Absolutismo foi um período histórico, entre os séculos XVI e XVIII, em que os monarcas europeus consolidaram um poder quase total sobre seus respectivos Estados, concentrando em suas mãos a autoridade política, econômica, militar e religiosa. O absolutismo é caracterizado pela crença de que o rei governava por "direito divino", ou seja, sua autoridade era vista como concedida diretamente por Deus, e ele não deveria responder a outras instituições, como parlamentos ou nobres. Principais características do absolutismo: 1. **Centralização do poder**: O monarca tinha controle absoluto sobre o governo, tomando decisões sem necessidade de consultar representantes ou órgãos legislativos. 2. **Direito Divino dos Reis**: A legitimidade do poder do monarca era justificada como uma ordem divina, o que tornava a sua autoridade incontestável. 3. **Submissão da nobreza**: Os reis buscavam enfraquecer o poder da nobreza, retirando sua influência política e colocando-a sob o controle direto do monarca. 4. **Controle das finanças e exército**: O monarca centralizava a arrecadação de impostos e mantinha um exército permanente para garantir a ordem e a defesa do Estado. 5. **Uso da burocracia**: Para governar eficientemente, os monarcas absolutos criaram uma burocracia estatal, composta por funcionários nomeados que eram leais diretamente ao rei. Exemplo de monarcas absolutistas: - *Luís XIV da França* (1643-1715), conhecido como o "Rei Sol", é frequentemente considerado o maior exemplo de rei absolutista. Ele construiu o Palácio de Versalhes e consolidou o poder do Estado sob seu comando, eliminando a influência política da nobreza. - *Filipe II da Espanha* (1556-1598) também exerceu poder absoluto sobre um vasto império, governando não apenas a Espanha, mas também territórios na América e na Europa. - *Pedro, o Grande da Rússia* (1682-1725), modernizou a Rússia e centralizou o poder, transformando o país em uma potência europeia. Declínio do absolutismo: O absolutismo começou a perder força no final do século XVIII com o surgimento das ideias iluministas, que defendiam direitos individuais e uma limitação do poder dos governantes. Revoluções como a Revolução Francesa de 1789 e a Revolução Gloriosa na Inglaterra (1688) contribuíram para o declínio dos regimes absolutistas e a ascensão de formas de governo mais limitadas e representativas, como as monarquias constitucionais e repúblicas.