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O QUE TEM POR TRÁS DESSA CAPELA NO MEIO DO NADA EM PACOTÍ? 3 месяца назад


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O QUE TEM POR TRÁS DESSA CAPELA NO MEIO DO NADA EM PACOTÍ?

Domingo, manhã brumosa de 19 de janeiro de 1941, nas proximidades do Sítio Arvoredo passeavam algumas alunas do Patronato da Imaculada Conceição acompanhadas de d. Ana dos Santos Arruda (1895-1941), esposa do afamado Ananias Arruda. Donaninha, como era chamada, que também estava acompanhada de sua filha Rocivalda, sentiu-se mal durante a caminhada e de súbito faleceu ali mesmo à margem da estrada, vítima de um aneurisma cerebral. Donaninha, que estava hospedada no Patronato, passaria alguns dias na cidade em missão cívico-religiosa regressando à Baturité, onde morava, no fim do mês. Juntamente ao esposo, eram beneméritos de inúmeras obras ligadas ao catolicismo, extremamente devotos que eram, e possuidores de muitos bens. Ananias era multifacetado: agricultor, comerciante, político, editor-chefe do jornal “A Verdade” e comendador, título concedido pelo papa que lhe dava o direito vitalício, dentre outros, de possuir uma capela residencial e construir outras onde quer que fosse possível. O ato da benção da Capela em Pacoti foi imponente e piedoso não só pelo oficiante que foi o Arcebispo Metropolitano Dom Lustosa como pelo comparecimento de representantes de diversas ordens religiosas, autoridades, inúmeras associações católicas, famílias e incomputável massa popular. De Pacoti foram as Irmãs de Caridade e alunas do Patronato, o prefeito Alarico Ribeiro, o Juiz Dr. Agostinho Filho e outras autoridades, além de inúmeras pessoas de todos os recantos do município. As cerimônias e as orações litúrgicas foram cantadas pelo Sr. Arcebispo e pela “escola cantorum” do Noviciado dos Capuchinhos de Guaramiranga. Após a benção do templo, D. Antonio benzeu as imagens dos diversos altares e o expressivo monumento ereto do outro lado da estrada que lhe serve de patamar e que substituiu o primitivo monumento anteriormente descrito. Segue a descrição física da Capela no dia de sua inauguração, adaptada do jornal “A Verdade”: A Igreja de Jesus Crucificado foi construída por uma planta idealizada por Ananias Arruda, que administrou os serviços de sua construção que estiveram a cargo do pedreiro Clovis de Barros. Está localizada à margem esquerda da estrada Pacoti-Guaramiranga, sobre uma barreira na altura de 2 metros acima do nível da mesma estrada, para a qual se sobre por duas escadarias de marmorito que terminam num pórtico externo sobre o qual se eleva uma bela torre assentada em colunas e desenhada por Orlando Luna Freire de acordo com o plano projetado. Tem 5 altares. O principal que é dedicado a Jesus Crucificado, se acha em frente ao pórtico da torre com paredes circulares que terminam em abóbada com vitrais verdes e brancos tendo um deles a forma de Cruz, em frente do qual está uma imagem do Crucificado tendo ao pé as imagens da Virgem Dolorosa, S. João Evangelista e Santa Maria Madalena. Aos lados, intermediados com janelas com vitrais estão os altares de Santo Inácio de Loiola, cuja festa a Igreja celebra no dia em que nasceu a saudosa Donaninha e de S. Sebastião, santo do dia em que ela foi sepultada. Nas extremidades laterais da Igreja que tem uma área interna de 14 metros por 4 metros, foram construídos dois altares recuados em forma de pequenas Capelas com abóbadas e vitrais em honra de S. José, padroeiro da boa morte e de Santa Ana, santa que deu o nome à saudosa Donaninha. No pórtico da torre, ao lado da estrada há uma bela estátua do Sagrado Coração de Jesus construída em granito pelos Irmãos Bernardini do Rio de Janeiro. No mesmo pórtico, para o centro da Igreja há um grosso vidro que dá vista a todo o interior da mesma. À margem direita da estrada, em frente à Igreja e ao lado do local onde foi arrebatada ao seio de Deus, a saudosa Donaninha, eleva-se em forma de monumento um grande Cruzeiro com a imagem de Cristo, ao pé do qual entre jardineiras estão duas lápides de mármore. Uma, em substituição a quadro que fora colocado anteriormente, tem uma imagem da Virgem e os retratos de Donaninha e de seu amargurado esposo feitos em porcelana engastados entre os mesmos dizeres do antigo envidraçado. A outra, que se acha no pedestal principal tem uma fotografia de Donaninha no leito mortuário, com os seguintes dizeres: Ana dos Santos Arruda, saudosa consorte de Ananias Arruda. Nasceu em Saboeiro aos 31 de julho de 1895, casou-se em Baturité aos 17 de setembro de 1911 e faleceu em Pacoti aos 19 de janeiro de 1941. Aos lados do monumento, entre jardineiras de cimento armado, elevam-se quatro grandes colunas recebendo simbólicos anjos, em frente às quais, no começo e no fim das escadarias da Igreja estão outras quatro colunas também entre jardineiras e recebendo outros quatro anjos. FONTE: ECOMUSEU DE PACOTÍ. https://www.ecomuseu.com.br/trilhas-d...

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