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O vídeo "Crianças de terreiros, redes educativas e diferenças", produzido pelo Grupo de Pesquisa Kékeré/UERJ, coordenado pela professora Stela Guedes Caputo, foi lançado hoje (5/10/2017), na Audiência Pública: Intolerância Religiosa e Ataques a Terreiros, na ALERJ. Há 24 anos pesquisamos e fotografamos crianças e jovens de terreiros em vários estados brasileiros. As ouvimos atentamente, conversamos, aprendemos. De 2012 para cá, começamos a filmar com celular, com câmeras, aprendendo enquanto fazíamos e fazemos. Algumas crianças também filmaram. Por vezes discutimos o roteiro junto com as crianças, que também escolheram cenas, mas o objetivo foi sempre filmar e fotografar os cotidianos das crianças. O desejo é mostrar como crianças e jovens de terreiros sentem orgulho de suas comunidades e de si mesmas. Como aprendem e ensinam, como partilham conhecimentos, como brincam, imitam Orixás, imitam tb as pessoas do terreiro. Como subvertem e fazem travessuras. Os terreiros existem como testemunho material e imaterial de um modo de vida que não foi submetido pela colonialidade. As crianças levam cantigas de terreiro para creches, para suas casas, o terreiro vai com elas, está nelas. Na escola, porém, a maioria é discriminada e humilhada. Nosso vídeo pretende ser uma contribuição na luta contra o racismo religioso, contra o crescente fundamentalismo e terrorismo neopentecostal. Gostamos de pensar que professores e professoras poderão usar nossa produção para conversar sobre uma escola mais justa, laica e plural onde as crianças e jovens de terreiros não sejam discriminadas. Gostamos de pensar que todas as crianças de terreiros fazem parte desse vídeo onde ensinam alegria, amor à ancestralidade, solidariedade e respeito. Chega de racismo e violência! #InfânciasEmTerreiros #Cotidianos #TodoTerreiroÉirmão